sábado, 13 de dezembro de 2014

Solidão

Nunca sofri disto como agora.
Eu, que sempre me senti completa na minha própria companhia, dou por mim constantemente a sentir-me incompleta, insatisfeita com o que tenho, inquieta, ansiosa...
O que é estranho.
Acho que a crise dos 25 anos chegou em mim mais cedo. É como se o que tenho não fosse suficiente. Como se estudar no curso que adoro soubesse a pouco. Como se viver sozinha fosse demasiado solitário. Como se amigos tivesse poucos. Como se família não fosse coesa como a dos outros. Como se amparo, aquele amparo que sempre senti, tivesse escapado. Como se levantar-me todos os dias fosse rotina e não algo que faço apaixonadamente.
Sim, definitivamente não o faço tão apaixonadamente como até aqui.
Detesto estes impasses.
Aliás, detesto impasses de qualquer tipo.
Odeio de morte esta sensação de euforia, medo e ansiedade que antecede uma grande mudança. Mas odeio mais de morte ainda saber que tenho que aguentar o marasmo por que passo agora sob pena de nem sequer ter direito à grande batalha.
Por isso, deixo-me estar nesta angústia sem consequência, nesta tristeza incompleta, até que algo se passe e a mood mude.
Detesto ser só, detesto estar só, detesto (tanto, tanto) sentir-me só.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

MEDO

E é isto. Estou cheia de medo deste penúltimo semestre. Possível último semestre. E se não corre tutti bem?
Ai mãe.

domingo, 12 de outubro de 2014

Um amor de mares e montanhas

Se eu soubesse escrever bem, contaria a nossa estória como se fosse um conto, uma história de amor. Falaria dos nossos momentos mais secretos como se só pudessem acontecer nos pensamentos de uma grande escritor, como se tamanha perfeição na sucessão dos acontecimentos só pudesse existir nas ideias de um grande romancista.

Se eu tivesse o dom da palavra, encadearia as ideias por forma a que se percebesse como o que sinto por ti foi crescendo sem que eu conseguisse negá-lo ou evitá-lo. Mostraria como somos a medida certa um do outro, mas como nos amamos sem medida.

Se eu escrevesse como sinto, todos iam perceber como os nossos risos são os mais sinceros, como os nossos carinhos são os mais aconchegantes e como as nossas saudades são as mais urgentes.

Se eu escrevesse a nossa vida, faria metáforas entre as serras do meu coração e o mar que te corre nos genes. Encadearia as minhas tardes no meio do campo com as tuas braçadas no mar, e explicaria como juntos somos tudo. Como a nossa união nos torna mais completos. Como em vez de antónimos somos o complemento do que nos faltava.

Se o nosso amor fosse em números, com quem nos sentimos muito mais à vontade, explicaria que somos uma multiplicação, uma indeterminação, um número sem fim e sem casas decimais. Provaria que aquilo que temos é mais que a soma das partes, que é indivisível e não dá para subtrair.

Mas como não sei escrever bem, não tenho o dom da palavra, não sou romancista e só sei números, vou somando dias de uma estória perfeita e sem fim. Porque quem precisa de "viveram felizes para sempre" quando vive feliz todos os dias?

sábado, 11 de outubro de 2014

Dias em casa

Não há nada melhor para mim, depois de uma semana estafante, ter 1 ou 2 dias de casa.
Não é que passe todo o dia enrolada com o pc no colo a devorar séries, mas trabalhar de pijama também tem o seu encanto :)
E hoje, pela primeira vez desde para aí, Abril ou Maio, estive a trabalhar com um cobertor nas pernas.
Minhas queridas estruturas metálicas, já que são as minhas companheiras para este serão, e se nos apresentássemos?


sábado, 4 de outubro de 2014

Epá, ganda cena

Já se passaram umas semanitas desde o regresso a Lisboa. Para o caso de já ninguém se lembrar, estava cheeeia de vontade de ter a minha cidade mais linda de volta.
Correu tudo muitoo bem, está a correr tudo muito bem, e voltei finalmente a ter o cérebro ocupado, o tempo reduzido, as tarefas multiplicadas e a sorna dividida... Muito dividida!
Mas adoro, confesso.
Posso queixar-me que não tenho tempo para tudo (e não tenho), mas é mil vezes melhor que ter demasiado tempo para tudo.
Posso queixar-me que não tenho vontade, mas é mil vezes melhor que ter vontade e não ter nada em que a gastar.
Posso queixar-me que não aguento tanta pressão, mas não trocava por nenhum dia sem pressão.
É esta vida cheia que eu gosto. Ocupada. Díficil. Stressante.
É estes dias que gosto. Compridos. Ensonados. Estafantes.

Não troco esta vida ocupada por nem um dia de descanso.
Adoro isto!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

São 8h15 da manhã no continente e Madeira, menos 1h nos Açores

Hoje tornei a levantar-me cedo, depois de uns meses de férias.
Aiiii que saudadeees de ouvir o despertador, agarrar no toalhão de banho ainda de olhos fechados e arrastar-me para o banho! (Lá para 5ª feira quando o sono apertar, vou amaldiçoar a hora em que disse isto.)
Eu adoro esta rotina do deitar tarde - de preferência não tão tarde assim - e levantar cedo.
E adoro esta excitaçãozinha de ser o último ano na faculdade. Opaaaá, que bommm!
Vamos ver qual vai ser o estado de espírito quando entrar na 1ª aula. E ao fim do 1º dia.

domingo, 14 de setembro de 2014

Setembro novo, vida nova

Este ano lectivo novo traz consigo um espírito que os anteriores não tiveram. Traz o enorme desejo de terminar o curso, fazer a tese e iniciar um novo estágio na minha vida.
E digo "estágio" não no sentido de estágio profissional, mas no sentido de alcançar um novo estado na minha vida.
Deixar de ser a menina estudante universitária e passar a ser a engenheira. Sei que está difícil arranjar emprego, não vivo em nenhuma bolha de ilusão. Mas por outro lado, que me resta além da esperança?
Quero muito que este ano chegue. Quero que seja o melhor e sobretudo quero que seja o último. Sinto uma urgência gigante em seguir com a minha vida. Já não há vontade para continuar a ser aluna, por muito que goste do que estude. Quero passar à prática.

Quero acabar o curso, trabalhar, tornar-me independente e seguir com a minha vida.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Minha querida mala, se te der um danoninho, cresces um bocadinho?

Comecei hoje a organizar as coisas para o regresso à Capital (yay!).
Digo "Comecei" porque ainda falta arrumar para aí metade da roupa e em relação ao calçado... Ainda nem lhe peguei. E a mala? A mala parece que está cheia.
Oh Mon Dieu, onde é que arranjo espaço para o resto?
Estou mesmo a ver que amanhã salta tudo cá para fora e acabam 3/4 da roupa por cá ficar. Quando começo com o raciocínio "Isto faz-me mesmo falta?", acabo praticamente só com a roupa interior na mala ahahah!

domingo, 7 de setembro de 2014

As colocações e o ensino superior

Todas as noites em que saem resultados das colocações são noites de neura para mim. Não é que me incomodem os resultados. Fico extremamente contente de ver o facebook inundado de "Entrei" ou "O meu irmão entrou" ou "O meu filho entrou", mas incomodam-me e bastante os comentários da comunicação social.

Eu sou aluna de Engenharia Civil, a terminar, mas ainda aluna.
Quando concorri, entrar em Engenharia Civil era fixe. Eu concorri por sincero gosto, mas muitos colegas meus concorreram porque "é um curso com saída". A todos os Jornais da Noite, Telejornais e afins havia notícias sobre a falta de engenheiros e os 200% de empregabilidade.
E assim, concorrer a este curso era como encontrar a última coca-cola no deserto: a média era alta, o prestígio era garantido e o trabalho era à descrição.

Passado uns anos (que nem sequer são muitos), e com a grande ajuda da comunicação social, Civil deixou de ser fixe. Já não há emprego, já não há obras (como se engenharia civil fosse só fazer casas, gente ignorante!), já não é fixe.
E de um curso prestigiante (uauu, entrou em Civil!) passou a um curso onde só se entra por dois motivos:
- tem pai engenheiro;
- a média não dava para mais nada.

E isto revolta-me e de que maneira...
E o mesmo que vejo aplicado ao meu curso, vejo aplicado a inúmeros outros. Só medicina e arquitectura no Porto é que são cursos a valer. Só esses alunos é que são a nata dos universitários e o resto são uns párias que por aí andam.
Vejo dezenas de comentários sobre os cursos que vão dar empregados de supermercado. E isto revolta-me!
Adorava saber quem são os filhos da mãe que escrevem estas notícias. Adorava perceber as ideias peregrinas que aqueles antigos alunos de um curso superior têm na cabeça. Adorava perguntar-lhes se se sentem assim tão orgulhosos de fazer notícias que desprestigiam todo o esforço feito pelos alunos para entrar no curso que gostam e até o seu próprio percurso de alunos do ensino superior.
Porque sinceramente, nem todos tivemos 20 na média. Mas não é muito mais importante entrar no curso dos nossos sonhos? Não é muito mais importante explicar que só se tem emprego se se for bom no que se faz e só se é muito bom no que se faz se existir gosto no trabalho que se desempenha?

Até me podem chamar lunática, dizer que só 1 num milhão tem sorte de trabalhar no que sempre quis, mas eu não concordo e não acredito.
Não acho que todos as pessoas que acabam o curso caiam na caixa de um supermercado. Acredito é sinceramente que à comunicação social só esses coitadinhos lhes interessem. Até porque nunca ouço falar no aluno de Civil que tirou numa escola pequena e agora ganha balúrdios (e eu por acaso até conheço desses).

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Listas e listinhas

Não tenho escrito muito aqui. A culpa é das férias. Como se pode falar muito se nada se faz?
Devo ser a pessoa que mais mal aproveita as férias, mas isto de ainda não ganhar o meu dinheiro tem os seus quês.
Como obcecada por listinhas que sou, tenho aproveitado estes dias para tentar diminuir a minha falta de organização (já expliquei em posts atrás que até gostava de ser muito arrumadinha e organizada).
Por isso, tenho em processamento a lista Regresso a Lisboa onde estão todas as coisas que não posso esquecer de levar. Mas confesso que ao fim destes anos todos, quase que fazia a mala de olhos fechados (só não faço para não entalar nenhum dedo no fecho) e a única lista útil seria para riscar os dias que faltam até à data.
Oh Lisboa, que falta me fazes!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Eu gosto assim

Gosto de dias perfeitos.
Gosto de acordar e tomar um bom pequeno almoço.
Gosto de me preparar para ir dar a minha volta matinal.
Gosto de um banho de água fria depois de ir correr.
Gosto do sol na cara. 
Gosto de uma brisa fresca. 
Gosto de uma conversa em boa companhia. 
Gosto de um chá preto gelado com limão. 
Gosto de gargalhadas. 
Gosto da sensação de fome. 
Gosto de a colmatar com uma salada e molho césar. 
Gosto de beijinhos. 
Gosto de sorrisos traquinas. 
Gosto de elogios. 
Gosto de ficar corada (embora deteste ficar corada). 
Gosto de um jantar romântico. 
Gosto de um café numa esplanada com grande vista. 
Gosto de um filme no meu cantinho. 
Gosto de me enroscar no melhor namorado do mundo.
Gosto de adormecer ao lado de quem amo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A culpa é das estrelas Quotes#5

Hoje pus-me a ver este filme já a pensar "Boa, vais chorar que nem uma madalena". Mas eu nem sou pessoa de chorar com filmes, por isso fiquei só com aquele nozinho na garganta.
Mas houve uma frase que me ficou na cabeça (e parece que a meio mundo pelo que pesquisei no google):

"Apaixonei-me por ele da mesma forma que se adormece. [Primeiro] lentamente e depois de súbito."
Filme:

A tradução é minha, pelo que está sujeita à minha interpretação.

Dos ciúmes

Das frases que mais ouço por aí e que mais me irritam está o célebre "é normal existirem ciúmes numa relação". Opá, ouvir isto é coisa para me deixar a hiperventilar!
Detesto frases cliché, ou melhor, detesto a maioria das frases cliché, mas esta tira-me mesmo do sério.
Se por um lado é como se tirasse crédito às inseguranças que todos temos, por outro faz com que seja um rótulo ou um carimbo que todos tenham que ter na caderneta como símbolo de uma relação normal.

Eu passo-me quando ouço aquilo. Sempre detestei ter ciúmes, aquele sentimento que me corrói e que me dá vontade de ter uma discussão ou mandar aquela boquinha maldosa no momento chave ( coisa que a maioria das mulheres sabe fazer tão bem). Principalmente porque sempre associei aquele "amargo de boca" a inseguranças minhas e não a alguma atitude errada da outra parte.

E, como pessoa segura de si, nariz empinado, com auto-estima nos píncaros, eu sou pessoa que vai arrancar olhos se alguém me dirigir aquela frase. Fica o aviso!

sábado, 16 de agosto de 2014

Ervilhas com ovos escalfados

Só há uma coisa que eu detesto tanto quanto ervilhas com ovos escalfados: estar muito tempo afastada do homem qui amo.
Quando é um fim de semana, a coisa até que sabe bem. Fazem-se coisas que o outro não gosta, mima-se a família e a coelha mais linda, sai-se para passear e até para fazer compras. Ou então fica-se enrolada no sofá a ler um livro, com a televisão na tvi onde dá mais um daqueles filmes que acabam sempre bem e com um copo de sumo ou uma caneca de chá fumegante.

Mas quando são muitos dias é mesmo pior que ervilhas com ovos escalfados.
Ou se está constantemente ao telemóvel como um adolescente viciado, ou se falam poucas vezes. De qualquer das formas, não é suficiente. Por um lado, apetece telefonar-lhe mas, por outro, estiveste sem fazer nada o dia inteiro e não tens nada novo para contar. Por um lado, apetece-te mandar mensagem mas, por outro, ainda há pouco mandaste e não queres parecer obcecada.

É por isso que amanhã ao fim de quase duas semanas de ervilhas com ovos escalfados, vou passar para a sobremesa. Que pode muito bem ser uma bavaroise de ananás, uma mousse de maracujá ou um fresquinho doce da casa.

Amanhã lá pela hora de almoço vou rever quem amo e quase me sinto como naqueles dias em que eram ervilhas com ovos escalfados mas a mami fazia douradinhos com açorda para mim :)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PROTESTO

Em protesto pelo atleta francês que perdeu o título europeu dos 3000m obstáculos por cruzar a meta em tronco nu, amanhã não nos levantamos para ir correr. *



*Prontoooo, levantamos. Mas era uma boa desculpa para ficar na cama...
Aposto que só foi desqualificado devido à inveja dos jurados face àqueles abdominais, digo eu que não sou de intrigas.

hip hip hooray

Epá, soube-me mal como o caraças levantar cedo.
Mas soube-me mesmo bem o sol nas ventas, o cansaço no corpo e a respiração cansada.
O que confirma que sim, a vergonha ganha à preguiça e hoje a minha pessoa se levantou para ir fazer a sua voltinha matinal - que só não foi mais comprida porque fui correr para um parque aqui perto e houve um homenzinho que se pôs de mirone e me começou a incomodar.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Da preguiça e outros males

Sem dúvida alguma que a preguiça é o defeito que mais odeio em mim. Detesto sentir preguiça, aquela vontade de adiar aquilo que tenho para fazer, de pensar que não é assim tão prioridade, que pode ficar para amanhã.
E achava que tinha domesticado o monstro até esta semana... Não sei como (sei sim, foi a ler), troquei a porcaria dos horários todos e agora não tem havido forma de levantar o corpinho a tempo de ir correr. 
Agora vim postar isto para ver se a vergonha ganha à preguiça e amanhã levanto o esqueleto do colchão!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tic Tac

Tic tac
e o tempo que não passa.
Tic tac
e os ponteiros sem mexer.
Tic tac
e nem um movimento, que desgraça!
Tic tac
e eu aqui parada a ver.

Tic tac
e mais um dia já passou.
Tic tac
e menos um até te encontrar.
Tic tac
até a roupa já se preparou.
Tic tac
e daqui a nada estou a chegar.

Tic tac
até já sinto o nervosinho.
Tic tac
como vai ser bom estar ao teu lado!
Tic tac
só espero que não se enganem no caminho.
Tic tac
quero ir ter com o meu namorado!


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Antes e Depois

Faz-me um bocado de impressão o facto de com estas grandes superfícies comerciais (Zara, Stradivarius, Pull&Bear, H&M, etc) acabarmos sempre todos um bocado vestidos de igual.
E uma das coisas que mais comichão me dá, acho-os mesmo uma praga, são os casacos monocromáticos. Conheço pessoas que têm as cores todas do arco-íris. Eu também tenho alguns, óbvio.
Mas uma coisa que opto por fazer para os alterar um bocado é mudar os botões. Não é uma mudança cara (se aproveitarem botões que tenham por casa fica de borla) e acho que faz uma grande diferença.
Foi o que fiz hoje a um casaco rosa que tinha comprado nos Saldos (diz a etiqueta que de 19.95€ passou para 5.99€).
Para fazer contraste comprei os botões azuis clarinhos e em forma de flor para dar uma gracinha ao casaco (eu adoro cores fortes e este rosa bebé não tinha muito a ver comigo).


Aqui fica o antes e o depois:

O antes.

O depois,


domingo, 10 de agosto de 2014

Filmes

Estas férias têm sido usadas para descansar o cérebro. Aliás, acho que quando chegar Setembro e o voltar a usar em modo intensivo vai estar como novo, com uma capacidade de absorção fora do normal e um empenho extraordinário (pode ser que verbalizando o meu desejo se torne verdade ahah).
Uma das formas com que tenho ocupado o tempo é a ver filmes.
Eu que sempre fui muito mais virada para as séries porque gosto de criar afeição por um personagem, ver a sua evolução (ou invejar-lhe o guarda-roupa como aconteceu com Scandal), tenho invertido a tendência e abusado dos filmes.
Ontem um dos escolhidos, e que leva a medalha de ouro, foi Voltar a Nascer.
Não vou armar-me em spoiler, mas aviso já que não é nenhuma estóriazinha cliché (que eu normalmente adoro) e deixo só uma imagem que tirei do filme, um dos momentos mais ternurentos. :)

sábado, 9 de agosto de 2014

O amor que te tenho

O amor que te tenho
É sem tamanho.
Tem sabor de beijo, 
Tem toque de pele.
É daqueles que se sente e se aperta,
É daqueles que nos desperta.

O amor que te tenho
Nem cabe cá dentro.
Tem tamanho infinito,
Tem cheiro a serra e a mar.
É daqueles que se olha e se inveja
É daqueles que se quer.

O amor que te tenho
Mostra-se ao mundo.
Tem aroma doce,
Tem som de gargalhada.
É daqueles que quero para sempre,
É o amor que te tenho.

Arrumações

Eu sou caótica.
Nem vou tentar desculpar-me, justificar-me ou tentar limpar a minha imagem porque já percebi que não vale a pena: sou meeesmo caótica.
Eu bem tento manter a mala, o quarto, os dossiês, as gavetas, os armários, as prateleiras e demais afins arrumados mas... Eles desarrumam-se sozinhos!
Eu juro que não sei o que faço para que ao pestanejar meio quarto fique de pantanas. Eu bem me esforço, juro! Gosto de fazer a cama (na verdade odeio, mas gosto de ver o quarto com a cama arrumada), gosto de arrumar a secretária, gosto de organizar gavetas e roupa. Tinha tudo para ser uma control freak da arrumação, mas nãao!
Tem vezes, como aconteceu há 10 minutos atrás, em que arrumo toda a cómoda e vou tomar banho. Volto, visto-me, arranjo-me e txanaaam: a cómoda está pronta para ser arrumada novamente. Ele são gavetas que já não fecham, ele são óculos e caixa das lentes e desodorizante e escova do cabelo e relógio e brincos e verniz das unhas lá poisados de cima. Como é possível, mon dieu?!
Tenho pena dos outros que tiverem que conviver no mesmo espaço que eu, mas tenho mais pena de mim: eu juro que queria ser arrumadinha!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

"Corro só mais até ao candeeiro e paro"

Estive a noite toda em debate mental sobre se me levantaria ou não quando o despertador tocasse. Mas ele tocou e eu levantei-me. Ou melhor, o raciocínio foi "a porcaria do despertador já tocou, vou ficar aqui a rebolar com que objectivo?" e peguei no corpinho e levantei-me.
Tomei pequeno almoço, vesti-me e pus os pés a caminho. 
Resumo:
- já não me sinto tão cansada como no início;
- amanhã vou tentar aumentar o tempo de corrida para lá dos 10 minutos (agora hei-de passar a vergonha de passar de 10min para 10min30s ahahah);

And... That's it! 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Então vá

Há uma expressão muito utilizada cá na Beira quando se trata de despedidas, o "Então vá". Não conheço mais sítio nenhum em que se use esta expressão, que eu adoro, e que é tão pragmática na forma nas despedidas.
Não há datas nem prazos para próximo encontro. Não há cobranças nem mimos.Não tem conselhos nem dicas e é como se nem terminasse deixando em suspenso o tanto que se quer dizer nestas alturas.
Além disso, é fria e severa e austera como a Beira em que educava os mais antigos.
Eu adoro-a. Simboliza o sítio onde nasci, a minha casa e a minha família.
E hoje, quando me despedi de uma das pessoas que mais amo que ia de férias, fiz todos os mimos e todas as palavras doces que são apanágio, mas não terminei com "Beijinhos", terminei com a expressão beirã que adoro "Então vá,..." :)

sábado, 2 de agosto de 2014

Nervoso miudinho

Normalmente aparento ser uma pessoa calma. Principalmente em situações de stress. Coloco a minha capa de pessoa confiante e serena e por mais que esteja afectada, consigo que a maioria das pessoas não consiga perceber.
Acho que um dia ainda me vai dar jeito a sério para controlar o nervoso miudinho. Um dia tipo amanhã... :) 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ai mãezinha onde me fui meter!

Após a pausa de ontem na minha volta matutina, hoje voltei ao percurso.
Tenho que confessar que quando o despertador tocou senti-me capaz de soltar palavrões que deixariam qualquer homem do norte (em especial o meu) satisfeito. MAS, não sei lá muito bem como, arrastei-me até ao pequeno almoço, de seguida até às sapatilhas e depois até à porta da rua.
E depois... Lá fui eu.
Ao contrário de outros dias, hoje havia pouquíssima gente a pé, o que me leva a concluir que não fui só eu a amaldiçoar o despertador! Ahahah
Sei que é um bocado parvo, mas fiquei super feliz quando reparei que aguentei mais tempo de corrida antes de ficar ofegante. Não é nada de especial, mas é altamente motivador!

No total tenho feito: 20 minutos de caminhada + 10 minutos de corrida caracol + 10 minutos de caminhada.
Acho que agora para início não está mau e como o percurso não é lá muito plano, até mereço algum mérito!

Ai mãezinha, estava tão bem quieta...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Amanhecer

Hoje vi amanhecer.
Vi a noite escura dar lugar à claridade.
Vi os latidos dos cães cessarem e
Vi o chilrear dos pássaros começar.

Hoje, vi e admirei.
Vi o movimento das pessoas ter início,
Vi janelas abrirem-se e
Vi o mundo acordar.

Hoje, vi a metáfora mais bonita.
Vi o mundo recomeçar.
Vi nova esperança.
Vi a claridade vencer o breu.

Hoje vi amanhecer!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Quotes #3

"Your naked body should belong only to those who fall in love with your naked soul."
Charlie Chaplin e Geraldine
Charlie Chaplin

Segundo encontrei na net, Charlin Chaplin escreveu esta frase numa carta para a sua filha Geraldine*.
Quem me conhece acho que consegue perceber que esta frase encaixa perfeitamente na maneira como penso. :)

*um actriz que eu sempre achei linda de morte 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

"Doem-me as perninhas"

Hoje acrescentei mais um "troço" de corrida ao meu percurso normal. Eu nunca faço exactamente o mesmo caminho (para mim essa é uma das grandes vantagens de fazer exercício ao ar livre), mas controlo o tempo para não haver um dia em que a preguiça leve a melhor.
Já não tinha esta rotina há quase 2 anos - nessas férias fazia uma volta de bicicleta diariamente - e está-me a saber pela vida voltar a mexer.
E isto tem 2 motivos:
- primeiro: porque gosto mesmo de sentir o sol, o vento e o movimento da cidade a acordar;
-segundo: porque tinha uma boa resistência e quero voltar a tê-la de novo!
O que eu detesto são... as dores musculares.
Desde sempre que detestava os dias seguintes ao exercício físico.
Mas calhou-me um namorado que me impede de ter coragem de me queixar... Como é que posso queixar-me dos 2 ou 3 km que corri quando o fulano me correu 21 quilómetros e só disse um "doem-me as perninhas"?  Uma pessoa até sente vergonha da sua própria figura triste!
Vou tentar não parar com isto, até porque alguém tem que arranjar estaleca para o acompanhar nas corridas (que delírio!).

domingo, 27 de julho de 2014

Dor de Burro, sua maldita!

Hoje voltei à minha voltinha matinal! Depois de uma pausa de 2 dias para regularizar o sono, lá saí eu de casa às 9h45 para ir apanhar ar.
Observações retiradas do passeio:
- tenho que sair de casa mais cedo que às 10h já está um calor insuportável;
- tenho que sair de casa ou nua ou de burka porque fiquei com a marca das alças da camisola;
- tenho que levantar mais o som da música para conseguir ignorar o ladrar dos cães nas vivendas (pânico!);
- tenho que deixar a dor de burro em casa.
Sim, a dor de burro. Essa coisa não me atingia tão fortemente desde para aí... os 18 anos e as pa-vo-ro-sas aulas de educação física (de que eu até gostava, tenho que confessar). Estava eu tranquilinha da vida a iniciar a minha corridinha caracol quando fui apanhada em cheio. Lá tive que voltar ao passo para ver se a coisa passava...

Outra coisa, descobri que é um grande incentivo ter mais pessoas na rua (coisa que quase não vi hoje) porque se tiver alguém que esteja a ver-me aguento mais tempo a correr para fazer boa figura e não dar parte fraca! Eheheh

sábado, 26 de julho de 2014

Nica

Já há 4 anos (oh meu deus!) que tenho uma coelha de estimação.
Cá em casa os animais de estimação estavam sempre limitados à escolha entre peixe dourado e... peixe não dourado. Até que a ida para a faculdade abriu horizontes. E quando já quase tinha desistido de tentar (a bem da verdade já tinha desistido e insistido mil vezes), os papás permitiram-me trazer para casa uma coelha linda que eu adoro de morte, a Nica.
Ela veio num período difícil para mim, um ano complicadíssimo na faculdade que parecia nunca mais ter fim, um período emocionalmente complicado, e trouxe com aqueles bigodes gigantes um novo motivo para o meu pai reclamar. (Facto que parece agradar tanto ao Papi como à Nica que o ignora descaradamente)
A Nica é um bicho louco: ataca o aspirador, morde-o, arranha-o e dá-lhe coices; assim que ouve o saco da ração não descansa até meter o focinho lá dentro; salta camas e sofás como se fossem tudo 5cm; adora melancia, morango e cerejas; e quando lhe abro a porta da gaiola, sai aos saltinhos e sacode aquelas orelhonas como se fossem cabelos L'óreal.
Por tudo o que ela representa, adorava que ela vivesse 20 anos e sei que apesar de todos reclamarem o trabalho que aquele bichinho de 1,5kg dá, todos a adoram.
Ficam 2 ou 3 fotos da Nica, a coelha do Demo :)
Nica a descansar

Nos 5 segundos em que decidiu ficar quieta

A minha fotografia preferida de todo o sempre

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Hoje foi o dia!

Tenho reparado que a idade está a levar a melhor sobre mim. Sempre fui uma rapariga que gostava de dormir a manhã na cama, mas isso acabou. Já não durmo perdidamente como antes nem durante tantas horas. Por isso, apesar de me deitar sempre por volta da uma da manhã, tenho-me levantado entre as 9h e as 10h.
Ora, vai daí, tive a ideia de fazer uma caminhada diária todos os dias com o Papi. Mas... o real Papi tem estado com uma preguiça que já levou o Governo Civil a emitir Estado de Calamidade sem retorno, pelo que os meus pedidos/súplicas para sairmos de casa ficavam sempre apenas na teoria.
Até hoje!
Ontem sondei-o para saber se havia caminhada ou passeio de bicla, mas basicamente ele mandou-me a mim passear (passo o trocadilho). E como menina bem educada, levantei-me às 9h15, tomei o pequeno-almoço, vesti-me a rigor e foi ver-me a percorrer a zona nova da cidade (com ruas mais largas, passeios mais apetitosos e menos tráfego automóvel) cheia de genica e empenho.

Clarooo, que gostava de conseguir manter esta nova "rotina" de passeios diários, mas também me conheço e sei que a probabilidade de não o fazer é elevada (pode ser que ganhe vergonha por ter anunciado o 1º passeio aqui cof cof).

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Quotes #2

Anthony Anaxagorou
"a book can teach you, a conversation can assure you,
a poem can seduce you, a genius can inspire you, but only you can save yourself."

Anthony Anaxagorou

Boas acções

Hoje o meu lado obcessivo-compulsivo falou mais alto e decidi arrumar toooodas as minhas gavetas de roupa. Foram 8 gavetões e 3 portas de roupeiro que foram alvo da acção demolidora da minha Super Fúria!
Como resultado tenho um saco enorme de papel com camisolas de Inverno, calças que já não uso, um par de botas e ainda um par de calções.
Amanhã vou ligar para uma associação responsável por meninas que foram retiradas aos pais (CIJE) e perguntar quando posso ir entregar a roupa.
Quando andava no 5º e 6º ano tinha na turma meninas que estavam à guarda dessa associação e via como ficavam felizes quando haviam donativos. Era como ir às compras. Até tenho pensado se não devia passar na Modalfa e aproveitar os saldos para comprar roupa interior e pijamas. Sinto que deve ser daquelas coisas que ninguém se lembra de doar (por razões óbvias).

terça-feira, 22 de julho de 2014

Rotinas

Embora fuja delas, acabo por ser bem mais organizada e rentabilizar muito melhor o meu tempo quando tenho uma rotina.
O problema é que estou em fase de "regresso" depois de ter passado os últimos meses fora da casa dos pais. Isto resulta num completo desajuste aos horários de cá: horas de pequeno almoço, horas de almoço,
horas de jantar, horas de dormir, etc.
E eu neste momento sou uma pessoa-fora-de-horas e com os horários todos trocados!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Quotes

Sempre fui atenta ao que oiço e ao que leio e guardo constantemente frases que li ou ouvi em qualquer lado. Em vez de as guardar só para mim, vou deixando por aqui algumas.

"If they respect you, respect them. If they disrespect you, still respect them. Do not allow the actions of others to decrease your good manners, because you represent  yourself, not others."
— Mohammad Zeyara

domingo, 20 de julho de 2014

Eu gosto assim!

Todos os dias são dias de novos inícios.
Todas as alturas são a ideal para começar um novo desafio e este é o meu: um novo blog.
Espero que gostem do meu novo baby,
Eu gosto assim :)